terça-feira, 28 de outubro de 2014

Roupa nova outra vez :: New clothes again

Sabem aquela roupa que não está velha, mas ganha aquele aspecto desbotado e gasto das lavagens, da secagem ao sol e do ferro? 

Bom, aqui em casa havia uma boa mão-cheia dela (e só não havia mais porque eu não sou nada acumuladora e tudo o que ocupa lugar a mais é para procurar uma nova vida fora das minhas quatro paredes...). 

Repararam no uso do Pretérito Imperfeito, do verbo haver, no último paragrafo?
Pois bem, HAVIA porque esse tipo de roupa já não mora cá em casa! Desde que conheci este querido amigo, as nossas roupas com aspecto velho e desbotado fizeram literalmente um lifting!

Este produto* tinge a roupa com fixador, ou seja a roupa não desbota, resistindo às lavagens, pode ser usado para tingir mas também para avivar as cores, para os mais artísticos podem também usa-la na técnica tie-dye, é fenomenal, acreditem!

Das minhas várias experiências mostro-vos a última e a que se encontrava em pior estado, um lençol que durante uma tarde de mau tempo foi parar à varanda da vizinha... que (sorte a minha) não mora lá permanentemente e só vem a casa de 3 em 3 meses...
O sol tórrido deixou-o todo desbotado - irrecuperável!!! - Suspirava eu sempre que ia à minha janela...

Espero que gostem tanto da tinta Ideal Raposa® como eu.  ;)
(Aguardo pelos vossos comentários)

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You know those clothes that aren't old, but get that faded look from the several washing, sun-drying and ironing?

Well, we used to have a handful of them (and that's only because I'm not a "hoarding" person and everything that  is not of use must go find a new life outside my walls...). 

Have you noticed that the sentence in last paragraph is written in the past? 
Well, we USED TO have because this type of clothing no longer lives in our wardrobes! Since I met this  dear friend, our faded clothes literally made a facelift!

This product* dyes clothes with fixation, so they resist washing, it can be used to dye but also to activate the colors; for the artistic people around there, this product can also be used for the tie-dye technique, it is phenomenal, believe me!

From my several experiences, I'm showing you the last and worse of all,  my fitted sheet, which during a bad weather afternoon ended up on my neighbor's balcony, who (lucky me) doesn't live there permanently and is home every 3 months... 
The scorching sun completely destroyed it for me - unrecoverable!!! - I sighed everytime I was going to my window... 

I hope you like Ideal Raposa® as much as I do ;) 
(I'll be waiting for your feedback) 


*É super importante lerem as instruções antes de tingirem o que quer que seja, pois só funciona com alguns tipos de tecido e poderá até ter que usar um descolorante primeiro.
*It is very important that you read the instructions before dyeing your clothes, as it only works on some types of fibers and you may even have to use a discoloring product first in some cases. 

Nota: A má notícia - este produto não é amigo do ambiente... Se alguém conhecer no mercado um produto idêntico, amigo do ambiente, por favor comunique.
Note: The bad news - this product isn't environmentally friendly... If anyone knows an identical product in the market, environmentally friendly, please do communicate it to me.


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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O meu Outono é... :: My autumn is...

A entrada da estação do Outono é a minha indicação pessoal de que está na hora de começar a preparar a casa para o Natal.

Na verdade com o tempo que fez nas últimas semanas, bem que me apeteceu começar mais cedo... Porém esta corrente super quente que nos visita (os termómetros marcaram 31ºC por aqui!) arruinou por completo as minhas intenções... Devo confessar que a ideia de ter o ar condicionado ligado me faz um pouco de confusão...
Uma das coisas que sempre me atraiu, nos países do norte da Europa, é o facto, das estações do ano não se misturarem - cada uma com as suas vantagens e desvantagens bem definidas, e, perfeitamente identificáveis.
Outono na praia não faz nada parte do meu imaginário!...
Eu gosto mesmo é de sentir a casa quentinhae mais acolhedora do que em qualquer outra época do ano.
Este é o meu Outono:

O meu Outono é...

O meu Outono é, molhado e cinzento;
O meu Outono é, passar mais tempo dentro de casa;
O meu Outono é, fazer bolinhos de abóbora com pinhões;
O meu Outono é, castanha assada, é pudim de castanhas, e é, castanha cozida com erva doce, também;
O meu Outono é, cortar marmelos e fazer marmelada;
O meu Outono é, saborear uma salada de queijo Camembert com romã;
O meu Outono é, partir nozes e comê-las com figos secos;
O meu Outono é, apanhar folhas e ramos secos das árvores despidas - para com eles vestir a casa;
O meu Outono é, embebedar pêras em vinho e canela;
O meu Outono é, ser sempre o momento certo para um apple crumble com gelado de bolacha;
O meu Outono é, pensar no Natal, na decoração da casa e nas prendas a preparar;
O meu Outono é, ficar bem perto da minha máquina de costura.
...

Este é o meu Outono, e o vosso como é?

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The autumn season is my personal indicator that's time to start preparing home for Christmas.

In fact the weather of recent weeks almost made me want to start earlier this year... however this warm flow that's visiting (the thermometer marked 31°C around here!) completely ruined my plans... 
I must confess that the idea of ​​turning on the air conditioning is something that gets me confused... One of the things I was always attracted about in northern Europe countries, is that sense of seasonality that you have - each season, with its advantages and disadvantages are very well defined and clearly identifiable.
Autumn at the beach definitely does not seduce my imagination!... 
What I really like is to feel a warm and cozy atmosphere at home as in no other time of the year. 
This is my Autumn:

My Autumn is ... 

My autumn is wet and grey; 
My autumn is spending more time at home;
My autumn is baking some pumpkin and pine nuts cakes
My autumn is roasted chestnut, chestnut flan, and cooked chestnut with fennel too; 
My autumn is cutting some quinces and make quince paste; 
My autumn is enjoying a Camembert cheese salad with pomegranate; 
My autumn is cracking some nuts and eat them with dried figs; 
My autumn is picking some leaves and dry branches of the naked trees, to dress up the house with them; 
My autumn is getting some pears drunk* on wine and cinnamon; 
My autumn is finding always a good reason to have an apple crumble with ice cream; 
My autumn is thinking about Christmas, home decoration and gifts to prepare;
My autumn is sitting very close to my sewing machine. 
... 

This is my autumn, how's yours?


* literal translation from a Portuguese expression





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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Histórias da minha infância - A Carroça Vazia :: Stories from my childwood - The Empty Wagon

Infelizmente não cresci rodeada de livros.
Na realidade rural em que cresci a nossa maior fonte de conhecimento era a observação do mundo que nos rodeava.
Os livros chegaram mais tarde, com a entrada na escola primária e a Biblioteca Ambulante, que nos visitava, se bem me lembro todas as semanas à quinta-feira (??), o fascínio pelos livros tomou conta de muitos de nós, de outros nem tanto... 

Mas apesar de não haver grandes livros em minha casa, não quer dizer que as histórias não fizessem parte do meu dia-a-dia - a minha mãe e a minha avó eram exímias contadoras de histórias e anedotas, que pelo seu conteúdo moral eram indubitavelmente um feliz método de tentar moldar o nosso carácter. 

Achei que podia ser engraçado contar aqui algumas dessas histórias - as Histórias da Minha Infância (HMI) - que ficaram gravadas na minha memória e das quais me lembro inúmeras vezes.
Para inaugurar o set, começo pela minha preferida: a velha história da Carroça Vazia:

...

Todos os dias o Sr. António saía para o campo com o filho mais velho, o Pedro.
Pelo caminho o Sr. António ensinava o filho a distinguir os diferentes chilreares dos pássaros - este é um melro, este é um pintassilgo... 
Com este jogo conseguia que o rapaz se mantivesse acordado durante todo o caminho, já o Pedro ficava todo orgulhoso por mostrar ao pai como já era bom a reconhecer os diferentes chilreares.

Uma manhã, o Sr. António pergunta ao filho:
- Pedro, além dos pássaros, ouves mais alguma coisa?
- Sim!! Oiço uma carroça! - responde o Pedro todo contente.
- Muito bem! Uma carroça vazia.

O Pedro ficou a pensar um instante e pergunta:

- Pai, como é que sabe que a carroça está vazia se ainda não a vimos passar? 
-  É fácil Pedro, reconheces uma carroça* vazia pelo barulho que ela faz.
- Como assim pai? - perguntou surpreendido e curioso.
- Quanto mais barulho ela faz, mais vazia ela vai.
...

                                                              * Para melhor perceber a história substitua "carroça" por "pessoa".

Fico imensamente feliz por o Salvador poder crescer rodeado de livros, mas definitivamente tenciono contar-lhe também muitas das histórias com que cresci, e antes de mim, os meus pais, e antes deles os meus avós... Parece que somos todos parte deste ciclo de conhecimento que não é desejável quebrar...

Saber reconhecer uma carroça vazia, pode ser tão útil na vida quanto saber as cores, as letras e/ou os números, concordam?...


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Unfortunately I didn't grow up surrounded by books.
In the rural reality where I was brought up, our main source of knowledge was the observation of our surrounding world.
The books arrived later, with the entry into primary school and the Ambulant Library, which was visiting us, if I still remember correctly every Thursday (??), the fascination for books gripped many of us, others not so much...

Although there weren't many books in my house, it doesn't mean that stories didn't make part of my life- my mom and my grand mom were masterly storytellers, due to its moral content, those stories were undoubtedly a magnificent method to try mold our characters.

I thought it could be interesting to tell some of those stories here - The Stories From My Childhood (SMC) - which remained in my memory till today and which I remember about countless times. 

To inaugurate the set, I'll begin with my favorite, the Empty Wagon old story:

...

Every morning Mr. Anthony and his eldest son, Peter went to the fields to work,
on their way Mr. Anthony try to keep his son awake by teaching him how to distinguish the different bird twitterings - this is a blackbird, that one is a goldfinch ... 
Peter was very proud to show every morning to his father how good he already was.

One morning, Mr. Antonio asks his son: 
- Peter, besides the birds, do you hear anything else? 
- Yes !! I hear a wagon! - Peter answers, all happy. 
- Good boy! It's an empty wagon indeed. 

Peter reflected for a moment and asks: 

- Father, how do you know that's an empty wagon if we haven't seen it yet? 
- It's easy Peter, you recognize an empty wagon* by its noise. 
- How is that father? - Peter asks, surprised and curious. 

- The more noise it makes, the more empty it goes.

...

* For a better understanding of the story replace "wagon" with "person".

I am immensely glad that Salvador is able to grow up surrounded by books, but definitely I do intend to tell him many of these stories too, which before me, where told to my parents, and before them to my grandparents and possibly before them to my great grandparents... It looks like we are all part of this cycle  of knowledge which is not desirable to be broken...

I am sure you'll agree with me that knowing how to recognize an empty wagon, can be equally useful in life as being able to recognize the colors, the alphabet and/or the numbers...





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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A minha receita de Petits Filous® :: My homemade Petit Filous® recipe

A minha última experiência do you buy or do you make?: Fazer os meus próprios Petits Filous®.
My last experience do you buy or do you make?: Make my own Petits Filous®.


Para um frasco idêntico ao da imagem anterior vai precisar de:
For an identical jar to the previous image, you'll need:



- 2 c. de sopa de queijo de barrar - eu usei philadelphia® light;
- 2 c. de sopa de iogurte caseiro (receita aqui);
- Puré de: 1 ameixa e 1/4 de uma banana;
- 1 c. café de mel*

- 2 soup spoons of cream cheese - I used philadelphia® light; 
- 2 soup spoons of homemade yogurt (recipe here); 
- Puree of: a plum and 1/4 of a banana; 
- 1 coffee spoon of Honey *

Coloque todos os ingredientes num processador de alimentos até obter um creme espesso.
Place all ingredients in food processor untill you get a creamy look puree.

O meu sementinha é super fã deste lanche!! E olhem que ele desafia-me bastante, não é nada fácil agradar-lhe...

My little one (a.k.a my little seed) is a huge fan of this afternoon snack!! And believe me when I say that he's not an easy one to please... He challenges me a lot...

Espero que gostem da sugestão!
I hope you like the suggestion!

*para crianças com menos de 12 meses aconselho usarem açucar, por causa do perigo de botulismo.
*for kids under 12 months I recommend using sugar, due to botulism danger.

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dia Mundial da Alimentação :: World Food Day

Neste Dia Mundial da Alimentação, não podia deixar de escrever sobre o tema neste meu espaço aberto para o mundo. 
Porquê? 
Porque o desperdício de alimentos é um assunto que me toca profundamente, mais do que tocar, quase me revolta. 

É absolutamente inacreditável como no mundo actual tratamos a comida com tanta pomposidade e ao mesmo tempo sem qualquer respeito. O dedo está apontado para cada um de nós, pois "um terço da produção mundial é perdida ou vai para o lixo,"*.

No tempo dos meus avós/bisavós cada família criava meia dúzia de animais por ano - e era assim que se alimentavam de carne, as famílias numerosas da época por 12 meses... 
Nada se podia portanto desperdiçar - nos primeiros dias consumia-se a carne mais fresca, que era mantida em vinho, alho e sal. A restante guardava-se coberta em sal. Curavam-se os presuntos e faziam-se enchidos para se consumirem durante o resto do ano... 

Hoje consumimos como se não houvesse amanhã, (aconselho vivamente a lerem  este artigo da National Geografic sobre como alimentar 9 biliões de pessoas). 
Nesta batalha desenfreada por colocar bens no mercado, vale tudo. Morrem animais, criados sem qualquer qualidade de vida, aos milhares, todos os dias, para que possamos satisfazer os nossos apetites. E depois, como meninos mimados, que efectivamente somos, damos-nos ao luxo de a atirar fora.
Quantas vezes o fizemos??? 

Durante os meus nove meses da gestação, tive o privilégio de fazer voluntariado na Refood (podem saber mais aqui). Este projecto de Hunter Halder, fascinou-me de imediato. Para mim, ele é um visionário e uma fonte de inspiração.
O projecto começou com "um homem, uma visão e uma bicicleta".**
A ideia: recolher ao final do dia restos de comida de Restaurantes, Pastelarias, Padarias e Supermercados, que tinham o caixote do lixo como certo, e fazê-los chegar a quem deles precisa.

Outro projecto bem interessante neste domínio (e também português) é o Fruta Feia, que já evitou o desperdício de 51,9 toneladas de frutas e legumes (não deixem de conhecer o projecto aqui).

Vamos tentar ser todos um pouco mais pro-activos nesta luta contra o desperdício alimentar nas nossas casas?

8 boas práticas, que recomendo: 
  1. Dispense uma hora por semana a preparar o menu da família, tenha em atenção as coisas que tem no seu frigorífico e congelador;
  2. pense nas sobras, existe sempre uma segunda vida para elas em sanduiches, quiches, tortillas, saladas,  sopas, wraps, rissóis e empadas, por exemplo;
  3. as frutas "a fugir para o muito maduro" podem ser aproveitadas em sumos naturais, batidos e até bolos;
  4. compre apenas e só, a fruta, os vegetais, os iogurtes, o peixe e a carne de que vai necessitar segundo a sua lista semanal; 
  5. para a compra mensal, adquira apenas os consumíveis da casa e deixe os consumíveis alimentares para as compras semanais; 
  6. experimente fazer as suas compras online, não terá que carregar sacos (e ao mesmo tempo contribui para esse posto de trabalho), não cai nas tentações de marketing da loja para comprar mais do que aquilo que estava na sua lista, poupa no combustível (e ajuda a reduzir o seu impacto no ambiente) - informe-se acerca da politica de taxas de entrega do seu supermercado, existem algumas gratuitas;
  7. questione-se acerca da quantidade de carne e peixe que verdadeiramente necessita consumir, será que necessita da proteína animal duas vezes por dia, ou até todos os dias da semana?;
  8. crie o hábito de comprar as frutas e os vegetais no seu mercado local desta forma está a contribuir para a dinamização da agricultura tradicional e a levar melhor qualidade de produtos para sua casa.
Poderá parecer um grão de areia no meio do mar, mas lembre-se do efeito borboleta (teoria do caos) e como o simples bater das suas asas pode influenciar o curso natural das coisas e até provocar um tufão do outro lado do mundo...


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On this World Food Day, I couldn't help myself writing about this subject here on my open window to the world. 
Why? 
Because food waste is an issue that touches me profoundly, to be more honest even, it actually, revolts me.

I's absolutely unbelievable how in the actual world, we can treat food with such a pomposity and without any respect, at the same time. The finger is pointed at each of us, since "one-third of food is lost or wasted".*

At my grandparents / great grandparents time, each family used to raise about half a dozen animals per year - and that's how the whole family was fed, in terms of meat, for the whole 12 months of the year. Therefore, nothing could be wasted. They'd start by consuming the fresh meat, and conserve the rest in wine, garlic and salt. They+d also salt-cure hams and make traditional sausages to consume along the rest of the year...

Today we consume like there's no tomorrow, (I strongly advise you to read this article from National Geographic, about how to feed 9 billion people). 

On this battle for delivering goods to the market, everything is acceptable, animals raised without any quality of life, die every day, so that we can satisfy our appetites, and then as spoiled children, that we all are, we throw it to the bin. 
How many times have we done that???

During my nine months of pregnancy, I had the privilege of being a volunteer in Refood (you can learn more  about it here). This project of Hunter Halder, fascinated me immediately. To me he is a visionary and an inspiration. 
It all have began with  an only "man, a vision and a bike".**

The idea: Collect the leftovers, at the end of the day from restaurants, pastries, bakeries and supermarkets, which had the bin for granted, and make them accessible to those who need them. 

Another very interesting project (also Portuguese) is the Ugly Fruit (Fruta Feia), which has avoided the waste of 51.9 tons of fruits and vegetables (visit the project here).

Let's all try to be a little more pro-active in this fight against food waste in our homes?

8 best practices, that I recommend: 
  1. Spend an hour a week preparing the family's menu, pay attention to what you already have in your fridge and freezer; 
  2. think about the leftovers, there is always a second life for them in sandwiches, quiches, tortillas, salads, soups, wraps and pies, for example; 
  3. overripe fruits can be used in natural juices, smoothies or even cakes; 
  4. buy only (and only) the fruits, vegetables, yogurts, fish and meat that's on your list for the week; 
  5. for the monthly shopping, purchase only the housekeeping consumables and let the food supplies for the weekly shopping; 
  6. try to make your weekly shopping online, you will not have to carry your bags (and at the same time you're contributing to create this job position), you'll not fall so easily into temptation of buying unnecessary things advertised in store (not in your list), you'll save some fuel (and help reduce the environmental impact);
  7. ask yourself about the meat and fish quantities that you really need to function. Do you really need to  consume animal protein twice a day, or even every day of the week?; 
  8. make it an habit to buy fruits and vegetables in your local market, this way you'll contribute to the revitalization of traditional agriculture and you'll definitely bring better quality products to your home.
It may seem a grain of sand in the middle of the ocean, but do remember the butterfly effect (chaos theory) and how its simple wing beat can influence the natural course of things and even cause a typhoon in the other part of the world...

E porque uma imagem vale mais do que mil palavras 
And because an image is more valuable than thousand words:
                                                                                                        
Créditos imagem / Image credits George Steinmetz
 *Saber mais aqui.      / Read more here.
**Citando o próprio, in "O Incio" /** quoting himself, in "O Inicio"

 
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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Mente madrugadora :: Early bird mind

Por vezes a força dos meus pensamentos é tal que não me deixam dormir... 
Não adianta tentar persuadir-me de que ainda é muito cedo e que deveria descansar mais um pouco, também não adianta fazer exercícios de respiração para acalmar a minha mente.
Procuro distrair-me com pensamentos mais bonitos e agradáveis do que os que me assolam nestas noites.
Tento convencer-me de que está tudo bem.  

Conheço muito bem estes meus sintomas de ansiedade: começo por sentir calor, destapo-me; viro-me de um lado para o outro, depois sinto frio, tapo-me; volto a virar-me de um lado para o outro até me sentir cansada.
Volto a sentir calor.
Num esforço para tentar manter a temperatura corporal ideal, as minhas batidas cardíacas aumentam exponencialmente. Entro em "arritmia", sinto-me inconfortável para onde quer que me vire.
O coração quer saltar do meu peito.
Levanto-me.
Acerco-me dos meus homens - eles dormem tranquilamente.
- Preciso de beber um copo de água - a minha garganta está tão seca!... 

Tempos houve em que voltava para a cama e tentava adormecer novamente, agora sei que não adianta, por isso, aproveito este silêncio nocturno para gozar deste tempo só meu. 

Faço um chá e recordo-me das minhas avós que se levantavam a horas semelhantes, não com insónias, mas porque tinham que cozer pão para toda a família.
Faço também o meu.

Enquanto a massa leveda, apanho a roupa, tiro a loiça da máquina, faço um sumo de laranja (que sei que o Carlos vai apreciar), respondo aos meus e-mails e tomo o meu pequeno-almoço. 

A massa está pronta - posso agora cozer o meu pão.
Sei que não vai demorar muito até o Salvador me vir procurar - escrevo estas linhas.
Vejo nascer o sol e anseio já pela chegada daqueles passinhos no corredor...

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Sometimes my thoughts don't let me sleep... 
It's useless to try persuade myself that it's too early and I should rest a little bit more, it's equally useless to calm down my mind by exercising my breathing. 
I'd try to distract myself with beautiful and pleasant thoughts, totally different from the ones which find me on these nights. 
I'd try to convince myself that it's all alright...

I know very well my anxiety symptoms: I start to feel hot flashes, so I uncovered myself, then I turn around in my bed. 
In no time I 'd start to feel cold, I cover myself again and continue to turn around in my bed until I am tired of it. 
Again I'd start to feel the hot flashes coming. 
In an effort to try to maintain the ideal body temperature, my heart increases exponentially its rate, I go into "arrhythmia", feeling uncomfortable whatever position I turn to, my heart wants to jump out of my chest. 
I get up. 
Look to my two men - they sleep so peacefully. 
- I need a glass of water - my throat is so dry!... 

There was a time when I'd go back to bed and tried to fall asleep again, but now I know that it won't work for me, therefore I just take the most of this quiet time and enjoy the "me" time. 

I make a cup of tea and remember my grand-mums who'd be wide awake at similar hours, not due to their insomnias, but because they had to bake bread for the whole family.
I'll start to bake mine then. 

While the dough is rising, I fold some dry cloths, take the dishes out of the dishwasher, make some orange juice (that I know Carlos will appreciate), respond to my emails while having my breakfast. 

The dough is ready - I can now bake my bread. 
I know it will not be long before Salvador looks for me - I write these lines down, watch the sunrise and think how much I miss already those baby steps coming from the hallway...









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