sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Mini jardim com cara lavada

Lembram-se das minhas experiências do passado mês de abril?

Pois é... foram uma autêntica catástrofe!

As sementes até germinaram e viam-se crescer todos os dias maravilhosamente bem dispostas e saudáveis, porém falta uma coisa muito importante na minha mini varanda, sem a qual nenhuma planta consegue sobreviver... ÁGUA! Não existe uma torneira de água à qual se possa ligar um sistema de rega automática, por isso as minhas plantas são totalmente dependentes de mim. Se eu sair dois dias, coloco uma garrafa de água em cada vaso e quando regresso elas estão minimamente hidratadas, mas se sair de casa nos meses de maior calor, 4 dias, 5, 6 7... :(( Conseguem imaginar não é? 
Sobrou apenas a alfazema, que ando com muita paciência a tentar recuperar... 

Aceitei que os planos de "grandes colheitas" não tinham muitas pernas para andar por aqui mas recuso-me a abandonar o projecto de usufruir do único espaço exterior que esta casa tem, por isso aproveitamos os últimos dias de sol para dar um ar mais limpo e colorido ao spot cá de casa. 
Reduzimos-nos ao essencial e somos felizes neste cantinho.

Bom fim-de-semana gente linda!!





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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Tardes de chuva por aqui :: Rainy afternoons around here

Tardes de chuva por aqui? Ontem foi assim:

Fizeram-se animais de plasticina e criaram-se histórias com eles. 
Quando houve uma pausa na precipitação, aproveitou-se para dar uns saltinhos nas poças de água.

Tudo vale para resistir à forte solicitação do comando. 

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Rainy days around here? Yesterday looked like this:
Play-Doh animals were made and stories with them created.
When rainfall gave us a break, we embraced that chance to jump into the puddles we found.

Everything is valid to resist to remote's strong request.




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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Uma "Escola" Diferente

Escolher a escola ideal para o Salvador foi uma daquelas fases angustiantes, que a maternidade também traz consigo...

Eu sabia exactamente qual a escola que queria para o meu filho, mas frustrada, não a encontrava em lado nenhum... 

Procurava uma escola que não fosse uma escola... procurava um espaço diferente dos que me apareciam pelo caminho. Um lugar onde o Salvador encontrasse aquilo que lhe fazia falta em casa. Um espaço Aberto, onde pudesse brincar com outros meninos, apenas 3 horas, alguns dias por semana, a fim de ir criando uma rotina, que se queria gradual, e não de choque. Numa fase em que, um dia inteiro fora de casa é muito tempo, mas um dia inteiro com a mamã, é "tempo a mais".

Recompus-me e fui à procura de uma que em termos de metodologia se aproximasse o mais possível da nossa. No entanto, as que encontrei situavam-se a uns bons quilómetros de distância, e bloqueamos na indecisão da mudança de residência...

Uma vez que ele ainda não estava em idade escolar, achamos que aguardar mais um ano ajudaria imenso a tomar uma série de decisões. Até lá, actividades como: natação e música para bebés, resolveriam parte do problema.

Enquanto isto acontecia, aqui ao lado, uma pequena casa abandonada há anos, rodeada de um enorme terreno, ia ganhando cor e vida, novamente. Pessoas trabalhavam afincadamente, do nascer ao pôr do sol. Quem por ali passava diariamente, como nós, perguntava-se: o que sairia dali?
Já bem perto do final do verão, um cartaz é erguido, e ficamos a saber que seria um OTL. 

Quiz saber mais. Percebi o conceito, e fiquei embriagada. Aquela casinha de bonecas, era só e apenas aquilo que eu tinha desistido de procurar. Aquilo que eu me tinha conformado não existir, e para a qual teria que encontrar, contrariada, uma substituição.

Um lugar despretencioso e simples, fruto do sonho e vontade de uma pessoa, à qual, desejo o maior  dos sucessos.
Ali não há brinquedos. Ali há cartão, garrafas e garrafões, rolhas de plástico, folhas e paus secos, à espera de ganhar nova vida. Ali há terra e água, de um furo (protegido), que os meninos podem ver de onde vem. Ali há mangueiras para regar, árvores para trepar, ferramentas de jardinagem, panelas e pratos para cozinhar, o que bem lhes apetecer. Ali não há um programa para seguir. Ali as crianças decidem o que querem ser, ou fazer. Ali  as crianças podem brincar na terra, apanhar pedras, sujar-se, correr, saltar. Ali convivem meninos de todas as idades, não estão divididos por escalões etários, (tenho esta crença de que isso cria muitos conflitos. Pela ordem natural, os mais novos adoram aprender com os mais velhos, e os mais velhos desenvolvem capacidades de cuidar dos mais novos - testado e comprovado por mim). Ali as crianças são convidadas a usar o espaço exterior. Ali estão para chegar pintainhos, e logo ao lado há galinhas, galos, cavalos, póneis e ovelhas que terão cordeirinhos brevemente. Ali as crianças plantam a horta e vêm os seus vegetais crescer. Ali não existe um horário fixo, apenas as horas de que necessitamos. Ali ainda não há quase nada, porque tudo o que há para fazer, há-de ser feito com a ajuda, preciosa, das crianças que nela habitam.







*



Uma gratidão enorme emana do meu peito, porque o meu desejo se tornou realidade! Estava escrito. O Universo conspirou comigo.

Finalmente tinha encontrado uma "escola" para o Salvador, e aparentemente não havia sido eu a encontra-la, foi antes ela, a vir ao meu encontro.

É completamente errado chamar-lhe escola, não sendo essa a sua designação oficial. Eu sei. Porém,  é assim que eu a sinto. Depois de meses à procura de uma, encontrar esta casa encantada, e, chamar-lhe outro nome, torna-se difícil para mim. Pois ela representa tudo aquilo que desejei para o Salvador, nesta fase da sua vida - por isso, aqui só para nós, que ninguém nos ouve, eu vou continuar a chamar-lhe escola, está bem?


*Fotos com direitos.

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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

E de repente já é outono outra vez :: And suddenly it's autumn again

Sabemos que já passamos dos 30 quando as estações do ano parecem rodar de forma mais célere... 

Este ano, a chegado do Equinócio de Outono foi marcado por dois acontecimentos, que eu vou apelidar de, históricos, aqui em casa.

Primeiro porque foi a primeira, primeiríssima vez que o Salvador se separou totalmente de mim...
1º dia de "escolinha" para ele. (Num próximo post, explicarei o porquê das aspas.)

A mamã portou-se lindamente à chegada, e ele também.
o problema foi a saída, ele com demonstrações de saudades bem evidentes e eu em ressaca total, três horas sem o meu apêndice foi doloroso, três horas para fazer o que bem nos apetecesse e um vazio imenso...

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We know that we are over 30 when the seasons seem to turn around faster...

This year, Fall Equinox brought two historical events to our home.

Firstly because, it's been the very first time that Salvador totally separated from me... 
1st day of "kindergarten" for him. (In a future post, I will explain why the quotation marks.)

Mom and son behaved very well at the arrival, the problem was the reunion, the way he ran to us and hug me was a clear sign of longing, and I, well I felt like having an hangover, three hours without my appendix was truly painful. Three hours to do whatever we like and a huge emptiness...

Hora da saída, todo contente com os papás / Heading home, all happy with mum and dad.

Depois porque celebramos o nosso dia dos namorados - mas não um dia dos namorados qualquer, senão aquele em que atingi uma milestone importante (e que me parecia sempre muito longínqua).

Trocando por miúdos, completamos tantos anos de relação, como tantos tinha eu no seu inicio, quer isto dizer que já estou a somar mais dias ao lado da minha cara metade do que dias passei comigo mesma...
(Isto bate forte na nossa consciência acreditem...)


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Secondly because we celebrated our Valentine's Day - not a regular valentine's though, but the one I reached a major milestone (and always seemed very far away). 

In other words, we completed the same amount of years together as I was at its beginning, meaning that I'm already adding more days next to my better half than the days I spent with myself alone...
(This hits hard in our consciousness, believe me...)

Parabéns a nós / Cheers to us!  

Emociona-me pensar nesta métrica perfeita do nosso número mágico.
Quem haveria de adivinhar, bem lá atrás, que deixaríamos a semente do nosso amor começar a florescer sozinha nesse mesmo dia?

Querido Outono, foste brutal este ano!

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It thrills me to think about this perfect metric of our magic number
Who would have guessed, way back there, that we would leave the seed of our love begin to flourish by itself, in the exact same day?

Dear autumn, you were amazing this year!


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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Em tempo de regresso às aulas, um pensamento

Este quadro inspirador encontra-se na sala de vacinação do nosso Centro de Saúde, e eu adoro-o! Diz assim:
Se uma criança vive na crítica, aprende a condenar,
Se uma criança vive na hostilidade, aprende a guerrear, 
Se uma criança vive no ridículo, aprende a ser tímida,
Se uma criança vive na vergonha, aprende a sentir-se culpada,
Se uma criança vive na tolerância, aprende a ser paciente,
Se uma criança vive encorajamento, aprende a ser confiante,
Se uma criança vive no aplauso, aprende a valorizar,
Se uma criança vive na equidade, aprende a ser justa,
Se uma criança vive na segurança, aprende a ter fé,
Se uma criança vive na aprovação, aprende a apreciar-se,
Se uma criança vive na honestidade, aprende a verdade,
Se uma criança vive na aceitação e na amizade, aprende a encontrar o Amor no mundo!
1962, Dorothy Law Nolte 
" As crianças aprendem o que vivem"


Um regresso às aulas tranquilo para todos! 



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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Porque os gostos mudam


Nunca fui amante de ginásios, as parcas vezes que os meus pés pisaram um, era puro massacre emocional, e, mal entrava já começava a contar os minutos que faltavam para o fim do treino. 

Entretanto não sei o que mudou em mim. Se a maternidade e a consequente falta de disponibilidade para me dedicar ao desporto, falou mais alto, se começava a pesar-me na consciência, uma maior falta de zelo comigo mesma... O que sim sei, é que a abordagem que me fez uma das professoras do ginásio que frequento, na campanha de abertura e angariação de clientes, foi das melhores coisas que me aconteceram em 2015. Não estava nada nos meus planos, nem resoluções, mas, garantidamente uma das melhores!

Não só, passei a adorar ir ao ginásio, como já criei a minha rotina e me mantenho super motivada há 5 meses. (Não se riam, isto para mim é muito tempo!)

Eis que,  aconteceu uma mudança de shift no meu cérebro. Passei a apreciar roupa de desporto e dores musculares, a gostar de música eletrónica (ajuda a manter o ritmo cardíaco elevado), a conhecer uma série de nomes estranhos, como: Body Pump, GAP, HIIT, RPM...
Tudo coisas, que noutra vida, jamais teriam combinado muito comigo.

A palavra chave, da angariação da minha inscrição foi: bla bla bla, bla bla bla, "temos um espaço de kids sitting", bla bla bla, bla bla bla.
- Pois explique-me, lá, melhor isso, disse eu.

Frequentar um ginásio, estava mesmo fora da minha equação, porque o meu sementinha, é a minha prioridade, e, dele não me separo, desde a sua concepção. 
Mas esta opção...
Bem, ela caía do céu! Hora certa, momento certo. 

Eu podia treinar e cuidar de mim, da minha flexibilidade, resistência e saúde e ao mesmo tempo espreitar o meu mais que tudo ali ao lado; observar de longe (mas sempre por perto), as suas interações sem mim, treinar a sua adaptação à separação da mãe - quantas mães não desejaram já ser pequenos insectos nas salas dos seus filhos? Pois isto era isso mesmo, uma oportunidade de ser um insecto na sala do meu filho. Uma oportunidade para ver, mas não interferir. 

Na minha decisão de ser full-time mum ouvi muitos "velhos do Restelo" enfraquecer a minha aura com comentários pré-fabricados de que, sem creche as crianças não desenvolvem sociabilização. Embora o meu coração me dissesse que era um perfeito disparate (mal de mim e de todos os meus colegas de escola, que não soubemos o que era uma), a razão, talvez por falta de experiência,  acreditava por vezes neles...

Com o coração nas mãos, partimos ambos à descoberta do desconhecido.
E estou tão orgulhosa do meu pirilampo! Uma adaptação tão normal, como a de outra criança qualquer.

O espaço era fabuloso, e no primeiro dia quis ficar logo com a C, sem olhar para trás.
Tudo era novidade, havia que experimentar. 
No segundo dia ficou com a T. Gostou mais ainda...
A partir do terceiro, sempre que eu ia espreitar ele chorava e queria vir comigo, o meu treino acabava ali, mas isso não importava nada, primeiro o bem estar dele e a gestão das suas emoções.

Depois veio a fase em que teve que gerir o primeiro conflito, sempre que se falava em  ir ao ginásio ele apresentava um não redondo - Ok, no worries, o tempo cura tudo, haveria de chegar o momento em que teria vontade de voltar. 
Duas semanas depois, esse dia tinha chegado. 
Criou uma ligação especial com a T e sempre que lhe digo "filhinho agora vamos preparar-nos para ir ao ginásio, está bem?" Ele vem quase sempre para a porta todo contente e pergunta "mamã está lá a T?"E com esta lenga-lenga levo eu todo o caminho, até que por fim a vê e se encolhe cheio de vergonha. 
Fica bem na mesma com a C, mas os olhos brilham quando vê a T. Um dia quiz levar-lhe uma rosa, e cora sempre que ela se aproxima... 
Em alguma ocasião devemos ter feito um comentário sobre ele estar apaixonado pela T e ontem a C metendo-se com ele perguntou-lhe se gostava muito da T, ao que ele responde muito seguro de si mesmo: "Não, não, o Vador num gozta da T, o Vador está apaixonado!"
hahahahaha
Era oficial, a sua primeira paixão estava declarada.

Eu já faço o meu treino até ao final, e ele já percebeu que está em segurança... e a mamã sempre por perto.

Vivam os ginásios baby/kids friendly!!

Porque ir ao ginásio com esta vista, é mesmo outra coisa!



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