Chegou a hora de fazer o balanço de mais um ano, a terminar.
Gosto da sensação de olhar para ele, agora, como se planasse sobre uma floresta. Tudo me parece muito mais fácil, lógico e interessante do que quando me encontrava no meio do matagal, em que a sensação era antes a de uma minúscula formiga, a tentar chegar, sã e salva, ao formigueiro com a sua migalha de pão.
Lembro-me das dúvidas e receios antes da partida. Lembro-me da sensação de murro no estômago, nos primeiros meses da minha adaptação. Lembro-me do momento em que tudo isso se dissipou. Lembro-me da amarga sensação de me sentir esquecida, e da doce sensação de cada uma das casualidades que foram fazendo dos nossos dias, os dias cheios de luz que são hoje.
A distância, que era a maior dificuldade que 2016 apresentava, tem sido afinal, uma oportunidade muito frutífera. Sem o peso do meu passado, as pessoas de sempre e as expectativas criadas sobre mim, é muito mais fácil levar a cabo mudanças estruturais, que elevam o meu estado de consciência superior, nesta caminhada interna - que nunca está acabada - e que eu não sei viver, sem fazer.
Começar de novo, parece fazer parte do meu karma. E eu tenho aprendido que tal não é necessariamente mau. Metaforicamente falando, começar de novo é quase como acordar após um furacão, aprende-se a viver com o que, e/ou com quem, escolheu permanecer conosco, a vida é caótica por momentos, mas ganha contornos muito mais harmoniosos a médio e longo prazo.
Tudo está certo, tudo faz sentido.
Tudo está certo, tudo faz sentido.
Desejo para mim, como para todos vós, que 2017 seja terno, meigo, sábio e cheio de momentos felizes. Que saibamos encontrar a luz da alegria mesmo nos momentos mais infelizes.
F E L I Z 2 0 1 7!!!!
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