terça-feira, 25 de novembro de 2014

:: And so this is Christmas ::



E então é Natal ...

Tenho a certeza que já mencionei antes que esta é a minha festividade preferida - e como também já disse aqui - qualquer dia depois do inicio oficial do Outono, já é Natal para mim!

Este ano a nossa árvore fez-se na primeira semana de Novembro, logo após os loucos dias de 30ºC...
Os presentes para as crianças também já estão prontos e embrulhados debaixo da árvore, as decorações penduradas, incluindo as que fiz no ano passado, e que podem rever aqui e aqui.
Agora é altura de preparar os cartões de Natal e os presentes handmade, mas é também altura de separar algumas roupas e brinquedos para aqueles que vivem com menos do que nós!

Deixo-vos com o filme que fiz este ano com um pouco do nosso Natal ao som da música de natal que mais gosto.

Feliz Natal!!


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And so this is Christmas...

I'm sure I've mentioned before that this is my favorite festivity of the year - and as I've also told you here - any time after Autumn starts, is Christmas for me!

This year our Christmas tree was assembled on the firs week of November, just after the crazy 30ºC days... 
The Kids' presents, are ready and wrapped under the tree, all the decorations are set, including the ones I made last here, which you can revisit here and here.
Now it's time to prepare the Christmas cards and the handmade presents but also to spare some clothes and toys for those who live with less than we do!

I'll leave you with a movie that I made this year with a bit of our Christmas at the sound of my favorite Christmas song...

Merry Christmas!!



*Créditos som / Sound credits |  Enea 


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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Pedras no caminho :: Stones in the padway

Muito obrigada a todos pelas mensagens de conforto ao meu último post...

Escrever sobre a perda do meu filho, faz-me sempre pensar duas vezes porque é uma realidade muito pessoal e na verdadeira ascensão da palavra - intransmissível!

Mas depois também penso que é importante partilhar esta parte de mim para que se perceba que não existem vidas perfeitas - todos, repito, t-o-d-o-s,  - temos as nossas pedras para apanhar pelo caminho, e se estão no nosso caminho só as podemos aceitar e fazer o melhor que podermos com elas verdade?

Tenho um quadro para pendurar em minha casa que diz o seguinte:

Pedras no caminho? Apanho todas. Um dia hei-de construir um castelo! 
Fernando Pessoa

Esta frase resume tanto daquilo que sinto que nunca mais encontro o sítio certo para ela...

Um Feliz Fim-de-Semana para todos - Eu vou aproveitar os últimos dias de chuva, aqui por Dublin.

    

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Thank you all for the comforting messages to my last post...

Writing about the loss of my son always makes me think twice because it is a very personal and intimate reality...

At the same time I also think it is important to share this part of me because it makes us realize that there aren't perfect lives - we all, and I repeat, a-l-l - have our stones to catch along our pathway, and if they are there we can only accept them, and make the best we can with them, right?

I have a frame to hang somewhere in my house that says:

Stones on the pathway? I catch them all. One day I will build a castle!
Fernando Pessoa

This phrase summarizes so much of what I feel that I never found the right place to hang it...

A happy weekend to you all - I'll enjoy a few more days of rain around Dublin. 

    





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terça-feira, 18 de novembro de 2014

A arte de largar :: The letting go art

*

As palavras faltam, a voz embarga-se, o vocabulário não é suficiente, a dor insuportável, a pena indescritível...

É assim a perda de um filho... não há muito mais a acrescentar... 

Torna-se desagradável qualquer comentário vindo de quem não imagina exactamente o que se sente. Escolhe-se o isolamento em busca do equilíbrio perdido, aprende-se a "andar" novamente, só que sob areias movediças...
Repensa-se a forma de vida, uns dias perdemos-nos, outros reencontramos-nos, uns dias achamos que queremos ir para a direita outros temos a certeza que vamos para a esquerda, uns dias queremos salvar o mundo, outros queremos apenas ficar no nosso canto...

Depois aprende-se a viver com esta marca - não se pode viver zangado com o mundo só porque a vida dos outros continua no dia seguinte enquanto a nossa ficou virada do avesso... 

Eles partem antes de nós, e isso por si só é desespero suficiente para levar parte de nós com eles.

Mas se eles levam parte de nós com eles, também é verdade que deixam parte deles connosco, e isso não é mau, isso é aliás muito bom. 

Saber que o meu filho fez de mim uma pessoa melhor, é bom; 
saber que o meu filho fez de mim uma mãe muito melhor do que poderia alguma vez ter sido, é bom; 
saber que o meu filho me obrigou a renascer, é bom;
saber que o meu filho me libertou de medos, dúvidas e dramas irrelevantes, é bom;
saber que o meu filho me mostrou o verdadeiro sentido da vida, é bom;
saber que o meu filho me obrigou a sair da minha zona de conforto, é bom; 
saber que o meu filho me ensinou a não ter pena de mim mesma, é bom;
saber que o meu filho me ensinou que as coisas não acontecem só na porta do vizinho, é bom;
saber que o meu filho me ensinou a priorizar o que me traz real felicidade, é bom
saber que o meu filho me ajudou a descobrir uma capacidade de resilência enorme em mim, é bom
saber que o meu filho fez de mim uma pessoa muito mais feliz, é muitíssimo bom;
...

Deveria no entanto ter sido eu a partir primeiro, era a minha vida que o Criador deveria ter aceite em troca da dele, era eu que lhe devia ter ensinado todas estas coisas...

Mas se existe esta ordem desalinhada tenho que acreditar que foi por algum motivo superior, tenho que crer que algum dia fará sentido, cabe-me a mim garantir que a sua curta vida valeu a pena ser vivida.
Não será ele a ter necessidade que a mãe se sinta orgulhosa dele, mas será a mãe a fazer de tudo para que ele se sinta orgulhoso dela. 

A arte de largar, ou de aceitar traz apaziguamento, serenidade, liberdade e nova vontade de viver e sorrir, sem culpa.

Foi esta ordem de pensamentos que me orientou desde a nossa despedida e manteve a minha sanidade intacta.

Mas hoje, só hoje, vou pedir permissão para me sentir um ser miserável e para remexer no livro das memórias em busca do teu cheirinho e do teu calor, das batidas do teu coração e do som da tua respiração cansada e sonora, hoje preciso de sentir pena de mim mesma... Porque se este dia não existisse no calendário não teria porque me continuar a soar injusto não te poder oferecer o meu colo, o meu amor e o meu carinho... 

Amanhã vou voltar a vestir o meu fato de rocha e pedra, amanhã vou sorrir de novo para que a estrela mais brilhante do céu possa brilhar com todo o seu esplendor, amanhã logo de manhã, pode ser? 

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The words fail, the voice choked, the vocabulary is not enough, the pain unbearable, the sorrow unspeakable...

The loss of a child is like that... there isn't much more to add...

Any comments from those who do not have a clue of what exactly it feels like, become unpleasant.
We start by choosing isolation hopping that some of the lost balance will be restored, we've got to learn how to "walk" again, only that on shifting sands...
We rethink our way of life up, some days we lose ourselves, others we find ourselves, some days we want to go right, the other we are sure we go left, some days we want to save the world, others we just want to be left alone in our corner...

Eventually we learn how to live with this label - we cannot keep living our life feeling angry with the entire world just because other people's lives continue the next day as ours was thrown upside down...

They leave before us, and that alone is enough reason to say that part of us was taken away with them.

But if they take part of us with them, it is also true that some part of them stay with us, and that's not bad, that is actually very good.

To know that my son has made me a better person, is good;
to know that my son has made me a much better mother than I could ever have been, is good;
to know that my son forced me to be reborn, is good;
to know that my son set me free from fears, doubts and irrelevant dramas, is good;
to know that my son showed me the true meaning of life is good;
to know that my son forced me to live outside my comfort zone is good;
to know that my son taught me not to feel pity of myself, is good;
to know that my son taught me that things don't just happen in the next door, is good;
to know that my son taught me to prioritize what brings me real happiness, is good;
to know that my son helped me to discover a huge resilience capability, is good
to know that my son made myself be a happier person, is exceedingly good;

However it should have been my life taken away first, the Creator should have accepted it in exchange of his, it should have be my son learning from me all these things, not the other way around...

But if the order was to be unaligned like this, I have to believe that it was for a greater cause, I have to believe that someday I will make some sense out of it, it is my personal duty to ensure that his short life was worth living.

He will not need to make mum's proud of him, but will the mum do anything to make him feel proud of her everyday.

The letting go art (or acceptance) brings appeasement, serenity, freedom and a new will to live and laugh without guilt.

These thoughts guided me since our goodbyes and kept my sanity intact.

But today, just today, I will ask permission to feel miserable and to reopen the memory book in search of your smell, your warmth, your heart beats and the sound of your tired breath. 
Today I need to feel sorry for myself because if this day didn't exist in the calendar, it wouldn't have to continue to sound unfair to me that I can't offer you my arms, my love and my affection...

Tomorrow I'll be wearing back my rock and stone suit, tomorrow I will smile again so that the brightest star in the sky can shine with all its splendor. Tomorrow, early in the morning, is that ok?



*Créditos imagem / Image credits | Be Baubles Jewelry

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

:: Welcome Baby Gift ::


Um presente feito à mão leva inevitavelmente consigo parte do nós e de todo o carinho e empenho que lá colocamos com o simples propósito... de fazer o outro feliz.

Se o tempo do meu relógio esticasse nenhuns dos meus presentes seriam comprados, mas como não estica, já fico bem feliz por de quando em vez apaziguar o ânsia... 

Aquela inquietação e coçar de cabeça enquanto a ideia não surge; 
a organização e escolha dos materiais quando ela chega; 
a adrenalina libertada durante o processo de composição; 
o desapontamento com os inevitáveis percalços; 
o estudo da melhor solução para os resolver;
a luta com as pálpebras, que insistem em se fechar;
o momento em que se retoma o projecto, no dia seguinte;
o preparar do embrulho;
a expectativa da abertura.

e por fim... o regozijo: "É para ti, fui eu que fiz!"

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Handmade gifts inevitably carry part of us with them, as well as lots of love and affection, with one sole purpose... make the other person happy.

If the time on my clock could stretch, none of my gifts would be bought from shops, as it does not stretch, I'm already happy to ease my eagerness from time to time...

The restlessness and head scratching while the idea does not arise;
the organization and materials selection when the idea emerges;
the released adrenaline during the composition process;
the disappointment with the inevitable mishaps;
the reach for the best solution to resolve them;
the constant fight with the eyelids that insist on closing;
the excitement next day, when returning to the project's desk;
the gift box prep;
the expectation on the gift opening day.

and finally... the joy of saying: "I made this for you!"





Para ver mais dos meus projectos feitos à mão, clique na etiqueta Handmade Gifts no topo da página.
To see more of my handmade Gift projects, click on the Haldmade Gifts folfer at the top of the page.

                                                                                        imagens Images |  iPhone

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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Marmelada :: Quince paste

Há algumas semanas atrás fiz a minha primeira marmelada. 

Por norma há sempre uma taça reservada para mim de todas as frentes: da mãe, da sogra, das tias... por isso nunca me aventurei antes nesta tarefa extenuante e cheia de técnicas e truques, mas este ano deu-me vontade de experimentar fazer a minha própria marmelada.
Porquê? Porque é importante fazer perdurar este tipo de coisas que sempre se fizeram à nossa volta, e a única forma de se aprender convenientemente é simplesmente fazer.

Curiosidades:
A marmelada pode ter várias tonalidades, variando entre o amarelo  e o vermelho. Existe uma série de explicações para isso: há defensores que dizem ter a ver com o tempo que o marmelo fica exposto ao ar após estar descascado e a sua consequente oxidação, outros defendem que o marmelo reage ao metal da faca, há ainda quem acredite que a casca do marmelo é o grande causador da cor mais escura...

Para mim a explicação que faz mais sentido é a do ponto do açucar, quanto mais ponto tiver mais escura a marmelada fica.
Voto mesmo nesta justificação porque como tinha uma caixa relativamente grande de marmelos tive que fazer várias levas. Nenhuma saiu igual e obtive uma amostra de todas as tonalidades possíveis.

Depois da bagunça na cozinha vem a melhor parte: Escolher um bom queijo e apreciar esta tradicional sobremesa!

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A few weeks ago I made my first quince paste.

Usually there is always a bowl  reserved for me, from all fronts: mom, mother in law, aunts... Enough quantity for the whole year. Sufficient reason for me not to ever ventured in this exhausting task, full of techniques and tricks... This year though I decided to make my own quince paste. 
Why? Because it's important to perpetuate this kind of things that have always been made around us, and the only way I know to learn it conveniently is just doing it.

Curiosities:

The quince paste (or quince cheese?) may have different shades, ranging from yellow to red. I found a wide number of explanations for this: there are people who say it has something to do with the time that the quince is exposed to the air after being peeled and its subsequent oxidation, others argue that the quince reacts to the metal of the knife, there are still those who believe that the quince peel is the major cause of the darker color...

To me the only explanation that makes sense is the candy temperature, as much temperature as much darker the quince paste will become.
I bet on this one because I had a relatively large box of quinces so I had to make several attempts. None came out the same, so I got a sample of all possible hues. 


After the mess in the kitchen comes the best part: Choosing a good cheese and enjoy this traditional dessert!



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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Um ano na blogosfera :: One year in the blogsphere

Passou um ano desde que escrevi o meu primeiro post; foi na madrugada de dia 30 para 31 de Outubro, pré-noite de Halloween, no silêncio da noite celta.

Lembro-me especialmente do momento de impasse antes de carregar no botão "Publicar", tantas questões e objecções me passaram pela cabeça... 
Nem imaginam como hoje estou grata por o ter feito, tem sido mesmo um enorme prazer estar deste lado a criar memórias, a partilhar histórias, desabafos, ideias, projectos e sonhos.

Este sitio - esta Casa - que fui lentamente cimentando, limpando, arrumando e decorando, sinto-o como parte de mim, uma extensão talvez, da minha própria memória, que se torna assim palpável.

O meu blog não é um blog fashion, não foi premeditado, não tem um ritmo de escrita definido, as suas fotos não são de tirar a respiração, o meu lifestyle, não será certamente o mais trendy... 
O meu blog é antes de outra coisa o meu "escape", algo que é meu e só meu do inicio ao fim, e surgiu provavelmente numa tentativa de superar falhas internas - Se adivinhasse porém, todo o outcome positivo que traria à minha vida, já teria certamente "sussurado" mais cedo...

blogging trouxe até mim alike minds, pelas quais estou imensamente grata. Fez-me sentir parte de algo. Os meus interesses afinal não estão sozinhos.

Obrigada, do fundo do coração a todos os que me lêm e visitam aqui, um grande obrigado a todos os que têm tornado os meus dias mais brilhantes com as suas mensagens tão doces e inesperadas (não estou sinceramente habituada a ouvir coisas tão simpáticas nem dos que me são mais próximos), a todos os que me apoiam  partilhando o blog. 
Um enorme e gordo OBRIGADO a  todos vós!

Ano 2, já em contagem decrescente...
   

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It's been a year since I wrote my first post; it was on the pre-Halloween night, in the silence of the Celtic night.

I especially remember the deadlock moments before pressing the "Publish" button, so many questions and objections crossed my mind... 
You cannot imagine how grateful I am today for having done so, it's been a real pleasure to be on this side creating memories, sharing stories, confidences, ideas, projects and dreams.

This site - this Home - that I was slowly cementing, tidying and decorating, I feel it as part of me, as an extension, perhaps of my own memory, which thus becomes palpable.
My blog is not a fashion one, it was not premeditated, it doesn't have a writing rhythm, the photos are not breathtaking, my lifestyle, isn't certainly the most trendy there is... 
My blog is more than anything else my "escape", it's something that is only mine and mine alone from beginning to end, it was probably the result of an attempt to overcome internal failures - If I could guess though, all the positive outcome that it brought to my life, I would have certainly "whispered" earlier...

Blogging brought to me alike minds, which I am immensely grateful for. It made me feel part of something. My interests are not alone.

Thank you, from the bottom of my heart to all who read me and visit me here, a big thank you to those who have made ​​my days brighter with their sweet and unexpected messages (I'm not honestly used to hear so nice things even from those who are closest to me) and also those who support me and share my blog. 
A huge and fat THANK YOU to all of you.

Year number 2, already counting down...
   


*Créditos imagem / Image credits Sunset.com

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