Apanhar o elevador; levantar dinheiro no ATM mais
próximo; chamar um táxi; voltar a casa para apanhar a lancheira do Salvador (esquecida
em cima da mesa); instalar o ovinho no carro; colocar o chassis e o resto da
tralha, na bagageira e estávamos finalmente prontos para arrancar.
Pelo caminho houve aquela conversa típica de
taxista, «para onde vamos?» - Claro. Depois o normal: «De onde és?», «já estas
cá há muito tempo?», «o que achas do tempo irlandês?» bla bla bla, bla bla bla…
E depois o menos normal.
- Vais ao quê? Ao Kicking show?
-
Não, vou ao Knitting and Stitching show.
- A sério?! – Parecia surpreendido. – Isso existe?
E o que vais lá fazer?
Dei a minha melhor explicação, mas eis que ele
ainda estava estupefacto.
- Deves ser a pessoa mais jovem lá na feira,
sabias! A minha mãe devia adorar ir lá.
A franqueza, é uma qualidade que admiro bastante,
mas confesso que fiquei sem reação com a observação.
- Bom, acho que podias ficar surpreendido com a
quantidade de jovens que se interessam por tricô, costura e outras artes
manuais hoje em dia.
- Oh sim! Acho
que ficaria.
- Estás mesmo a gozar comigo, hem? - Com ar
ofendido mas ainda divertido, disse-lhe que iria fazer os possíveis para não me
esquecer da sua cara, não me fosse cruzar de novo na rua com o seu táxi.
Conseguimos por fim descobrir o pavilhão, onde
decorria a tão desejada feira, e como se não bastasse despediu-se de mim
dizendo:
- Olha é melhor começares a tricotar já a camisola
para o Natal, pois é capaz de demorar uns dois meses a fazer. - Acreditam
nisto?!
Caros leitores, se estão a entrar neste mundo,
aparentemente "antiquado", lembrem-se do desafio número 1: convencer
um taxista de que aquilo que fazem tem muito significado e importância! – Bom,
eu provavelmente não fui lá muito bem-sucedida…
Foi só rir.
Enfim, a feira!
Muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita gente! Demasiada
gente!
Muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitos stands! Nunca
demasiados!
Percorri cada uma das "avenidas" ávida
de conhecimento, a maior parte das coisas eram total novidade para mim,
valia-me o facto de ter folheado a minha enciclopédia da Martha Stewart (de que
falei
aqui), no dia atrás; caso contrário não saberia para que serviam grande
parte daqueles objetos, especialmente os usados para fazer
quilts.
Os stands eram quase todos britânicos, os meus
favoritos foram o Tilda e o Galore Fabrics, que apesar de estar bem
perto da entrada, infelizmente só descobri, já no final das minhas compras. Adorei
cada um dos seus tecidos, e em termos de preço, era de facto o melhor.
Foi entre milhentos padrões e texturas de tecidos,
linhas, lãs, vastas gamas de crafting papers e outras decorações que fiz as
minhas extraordinariamente difíceis opções de compra.
Mal posso esperar para dar início aos meus
projetos!
Take
the lift; withdrawal some money in the nearest ATM machine , call a cab , go
back home to pick up Salvador's lunchbox (forgotten on the kitchen table),
install the car, place the chassis and the rest of the stuff in the car trunk, and we were finally ready to go.
There
was the typical taxi driver conversation, "where are we going?" - Of course.
Then
the normal: ''where are you from?''; ''have you been here long?''; 'what do you
think of the Irish weather?" Bla bla bla , bla bla bla ...
And
then, the less normal:
-
You're going to what? Kicking show?
-
No, to the Knitting and Stitching show.
-
Really?! - Seemed surprised. - Does that exist? What will you be doing there?
I
gave my best explanation, but there he was still stunned.
-
You must be the youngest person at the fair, do you know that? My mother would
love to go there.
Honesty,
is a quality that I admire a lot , but I confess that I was chocked with the
observations.
-
Well, I think you could be surprised at the amount of young people, who are
interested in knitting, sewing and other crafty things, nowadays.
-
Oh yes, I think I would be.
-
Oh my!! You are really making fun of me, aren't you? - With an offended but
still humorous face, I told him, I would do my best not to forget his face, to
avoid taking his taxi, ever again.
We
were finally able to find the pavilion where the Knitting and Stitching Show
was being held, and as if that was not enough, he still said to me:
-
You better start knitting already your sweater for Christmas, since it can take
you about two months to finish it. - Can you believe this?!
Dear
readers, if you are entering into this world, seemingly old fashioned, remember the number one challenge: convincing a taxi
driver that what you do is significant and full of importance! - Well, I
probably haven't been very successful on that...
It
was just laughing.
Anyway,
now about the Show!
Many
peeeeeeeeeeeeeeeople! Too many!
Many
staaaaaaaaaaaaaaaands! Never too much!
I
traveled through each of the "avenues" eager for knowledge; most things
were completely new to me. If I wouldn't have looked into Martha's Stewart Encyclopedia
(mentioned here), the night before, I wouldn't know the purpose of many of those
objects, especially those used to make Quilts.
The
stands were almost all British, my favorites were the Tilda and Fabrics Galore
, who despite being right near the entrance, unfortunately only discovered at
the end of my shopping. Loved each of their fabrics, and in terms of price, it
was indeed the best.
It
was between hundreds of patterns and textures of fabrics, threads, wools and wide
ranges of crafting papers and other decorations that I made my extremely difficult
options.
Cannot
wait to begin making my projects!
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My final shopping basket |
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